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domingo, 2 de dezembro de 2007

Touché, Corinthians!

Eu sabia que isso estava por acontecer. Antes do Nelsinho entrar no Corinthians, eu já havia dito que esse time ia cair. E disse também que QUERIA que o time caísse. E continuei dizendo isso até o final. Não vou dizer que estou feliz, mas acredito que algumas lições devem ser dadas. Nos últimos anos, com exceção do ano contratado pela MSI, as campanhas do Corinthians foram ridículas. Nós estávamos sempre sofrendo. Corinthiano é sofredor, mas exageraram nos últimos anos. Lembro que no ano de 2003 fiz um texto a respeito do Grêmio. Chamava-se "Obrigado, Grêmio!", pois a péssima campanha do Timão era ofuscada pela péssima atuação do Grêmio, que acabou caindo para a Segundona logo no ano de seu centenário. Rezou a ironia que, em 2007, fosse num jogo com o próprio Grêmio que o nosso destino no futebol fosse decidido.

Por que eu disse que queria que o Corinthians caísse para a série B? Inúmeros fatores. Tudo tem raiz na administração do sr. Alberto Dualib, que pilhou o Corinthians por anos, algo que está sendo apurado pela atual presidência do sr. Andrés Sanchez. E não coloquem a culpa no Andrés. Ele foi parte da antiga diretoria por certo tempo, mas não tem tanta culpa na situação. O erro principal ocorreu devido à conivência dos conselheiros e, principalmente, de parte da torcida, com a associação junto à MSI. A injeção de fundos de origem duvidosa mascarou as dificuldades que o Corinthians tinha em sua estrutura. Ao mesmo tempo, multiplicaram-se os problemas e os escândalos. As dívidas e as polêmicas surgiram, como as referentes ao caso Nilmar x Lyon e à questão da demissão do técnico Daniel Passarela.

Fomos coniventes, sim. E incluo-me nesta lista. Eu não queria nem saber. Tínhamos vários jogadores de qualidade, que faziam nossos olhos brilhar. Tévez, Roger, Carlos Alberto, dentre outros. Se o nosso time mosqueteiro estava ganhando, por que eu iria pensar nos problemas futuros que, naquele momento, eram apenas meras suposições? Muitos pensavam como eu. Vi várias vezes o ex-vice-presidente de futebol do Corinthians, sr. Antonio Roque Citadini, alertando para os problemas que aconteceriam (e lembro ele dizendo em 2005: "Daqui a dois anos"). Ele era uma voz em meio à multidão, junto ao conselheiro e delegado Tuma, que tinha até dossiês mostrando o caráter duvidoso dos componentes da MSI.

Isso tudo culminou na formação do elenco do corrente ano. Poucos jogadores de qualidade. O goleiro Felipe se destacou, e duvido que ele fique no time. Acabo de ouvir uma declaração sua na Jovem Pan, dizendo que seu contrato vai até 2011, mas que talvez o time tenha que vendê-lo para arrecadar verba, visto que perderá o dinheiro da televisão. Outro jogador que eu gostei muito foi o Finazzi, que por uma bobagem feita por ele ficou fora dos últimos jogos. Betão demonstrou a garra de sempre, mas possui limitações. O amor dele pelo Corinthians é indiscutível. Percebi que nos últimos jogos os jogadores deram o sangue. Mas isso tudo não bastou para compensar uma campanha inteira de fracassos. (À parte: por isso que campeonato de pontos corridos é bom - o melhor time ganha e os piores caem. A sorte fica deixada de lado)

Continuo dizendo que achei justo o rebaixamento. E não venham dizer que a causa disso tenha sido os pênaltis que o juiz fez voltar no jogo entre Goiás e Internacional, no Serra Dourada. Ele cumpriu a regra. Se não há hábito em cumprir a regra quando o goleiro se adianta, azar. Ele cumpriu a regra e está tudo certo. A culpa da queda é exclusiva do Corinthians e de todas as pessoas envolvidas com este time.

O mosqueteiro foi abatido e jogado no fundo do poço. Agora, terá alguns meses para se recuperar e fortalecer as pernas. Se no fundo do poço ele não encontrar força para se impulsionar para cima, terá que utilizar suas garras e escalar as paredes úmidas e lodosas. Torceremos muito para que ele volte e não apenas isso: que conquiste o título da série B! Título que é muito difícil, pois o torneio é tão competitivo quanto a série A.

Lembrem que outros times de tradição já foram rebaixados antes. O caso mais notório foi o Fluminense, que chegou a ir para a terceira divisão. Esse ano acabou em quarto no Brasileirão. O Vitória também foi para a série C, e acaba de conquistar a volta para a série A. Grêmio, Palmeiras, Atlético Mineiro, Curitiba, Sport de Recife, todos passaram por este calvário. A querida Portuguesa acaba de conseguir voltar. As coisas são assim mesmo.

Muita gente vai fazer brincadeira com os corinthianos. Mas lembrem que isso faz parte do esporte. Aqueles que se exaltam de forma violenta não sabem qual é o verdadeiro espírito. E, para ilustrar isso, vou divulgar o novo símbolo do Corinthians, o qual recebi de autor desconhecido (e muito criativo) já há algum tempo, mas que ilustra bem a atual situação.


quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Primeiras impressões de 'Brasil x Uruguai'

A minha idéia era escrever algo sobre a minha experiência ao ir ao jogo Brasil x Uruguai. Mas estou incomodado com algumas coisas, então resolvir expor minha opinião por meio de algumas perguntinhas:

1) Como agüentar a correria desenfreada de Maicon, sem qualquer objetividade? Cansei de gritar para ele levantar a cabeça, mas acho que ele não me escutou (e nem aos outros 65.000 que gritavam pelo mesmo). Ele é um ótimo velocista. Se não tivéssemos os excelentes corredores que temos na equipe de atletismo, podíamos deslocá-lo para lá. À equipe de futebol de campo não faria falta.

2) Vocês têm idéia de que se o Afonso não estivesse machucado, o digníssimo Dunga não teria convocado o Luis Fabiano?

3) Robinho entrou em campo? Sei pelo menos que ele saiu de campo, pois as vaias foram num volume tão alto que não dava para não perceber. Entrou o Vágner Love, o que deu na mesma.

4) Agora, a dúvida que fica: na próxima convocação, quem será deixado de lado? Luis Fabiano? Robinho? Vágner Love? Afonso? Quem? Olha lá, hein... E quando o Fred voltar?

5) Quem é Gilberto? Existe ainda a posição de lateral esquerdo no time?

6) Quando o melhor jogador da partida é o goleiro do seu time, isso é um bom sinal? Julião nos salvou de uma goleada! Valeu, meninão!

7) Devo ser muito ingênuo. Quando a partida estava empatada, por quê trocar Ronaldinho Gaúcho por Josué? Qual a função ofensiva? Queria garantir o empate? Estávamos jogando fora de casa? O Diego e o Elano, ou o Vágner (que ainda não tinha entrado) se negaram a participar daquela farsa?

8) Puxa, será que a torcida paulistana não aprende? Mesmo quando Ronaldinho, Robinho e Kaká não conseguem acertar um passe, e nossa retaguarda fica trocando passes lado a lado no campo de defesa. Não devem vaiar e nem xingar, mesmo parecendo (insisto!) que queríamos garantir o empate. Galvão, dá uma lição nesta torcida exigente!

Olha, fazia tempo que eu não ia ao estádio. Foi bom relembrar como é gostoso assistir a jogos in loco. Mas não nego a muvuca. A ida e vinda superam de longe o tempo que dura a partida. Só para chegar em casa levou quase duas horas. Mas valeu a pena, para ficar gritando o nome do Luis Fabiano, que há tempos merecia voltar para a seleção. Foi bom ver que estamos bem guarnecidos pelo Julio César (desculpe, Ceni).

Outro dia vi na transmissão do jogo contra o Peru alguém perguntar porque o Brasil insiste em jogar pelo meio. Neste jogo contra o Uruguai eu descobri: um dos nossos laterais só sabe correr e o outro está omisso. Não sobra opção. E já que nossa equipe não sabe trocar passes, só falta o chutão! Ou seja, chamem o Zé do Leitão, que ele corresponde.

É isso aí!! Acho que o próximo apenas será em 2014. Veremos... Quem sabe depois me animo em escrever algo melhor sobre esta experiência, mas agora era isso que eu tinha para dizer. Daí você pode comparar as versões e verificar como a dor do trauma passa rápido.

domingo, 18 de novembro de 2007

Volei: Será que acharam um caminho para nos derrotar?

Eu, como todo brasileiro, posso dizer que não tive muitas oportunidades de ver a seleção brasileira masculina de volei perder alguma jogo sob a direção de Bernardinho. Lembro da derrota sofrida contra a Venezuela no Pan-americano de Santo Domingo. Porém, quando derrotados pelos venezuelanos, era nítido que a derrota ocorrera por ocasião, devido a uma péssima demonstração de nosso time e pela excepcional atuação de dois jogadores do adversário.

Hoje foi diferente. Início de torneio sempre é um pouco complicado, mas a seleção entrou no ritmo, jogou com a mesma técnica de sempre. Competiu os dois primeiros sets com a mesma qualidade que estamos acostumados a acompanhar. Porém, o adversário na estréia da Copa do Mundo era os Estados Unidos. Esta seleção já havia chamado minha atenção em uma das competições deste ano (não estou certo se foi na Liga ou se foi no Pan do Rio, ou se foi nas duas). Para quem esteve acostumado a desconsiderar a seleção americana nos últimos anos devido aos maus resultados, eu havia me surpreendido com o crescimento de sua qualidade.

A seleção americana, do início ao fim, sacou muito forte. Muito forte mesmo. E o Brasil correspondeu com a qualidade de sua recepção. Por isso digo que o Brasil não atuou mal. Seus fundamentos funcionaram muito bem. Mas a seleção dos Estados Unidos foi melhor! Se olharmos os números do jogo, talvez o diferencial tenha sido mesmo o saque, não apenas pelo excelente aproveitamento americano, mas também por não ter sido tão eficiente do lado tupiniquim.

Os dois primeiros sets foram emocionantes. Terminaram 28x26, 30x28. Neste último, tamanha era a confiança dos americanos na qualidade de seu serviço que, mesmo tendo um set point contra, o ponteiro Stanley sacou muito forte e foi recompensado com a virada em última hora do placar deste set e a vitória no mesmo. A torcida no estádio japonês de Matsumoto estava claramente a favor dos brasileiros (enfim, eram os campeões mundiais, da Liga.... da Olimpíada). Mas aos poucos os americanos 'ganharam' a torcida e tudo ficou equilibrado. O terceiro set foi ruim para nossa seleção. Caiu sua produção e o set fechou em 25x20 para os americanos.

Mas não há demérito para nossa seleção. Continua a melhor seleção do mundo. Não sejamos como normalmente somos, que na primeira derrota começamos a questionar o trabalho. Simplesmente a outra seleção foi melhor do que a nossa. Jogaram com muita raça, muita tática e muita técnica.

Cabe agora duas questões, uma já esboçada no título:
1) Será que encontraram o caminho para derrotar nossa seleção? Claro que encontraram. Mas não foi hoje. Já encontraram faz tempo. Muita força de saque, conseqüente quebra de passe, bloqueio efetivo e velocidade de ataque. Todos já sabem isso, mas não é algo fácil de fazer. Hoje a seleção americana conseguiu e saiu de quadra com uma vitória mais que merecida;
2) Algo que já penso há um tempo e, se alguém quiser me ajudar, gostaria de colocar em pauta: será que não está na hora de aumentar a altura da rede oficial de volei? Há muito tempo que penso isso, pois a facilidade que os jogadores profissionais têm em sacar e atacar tornou-se covarde, com pancadas muito fortes que diminuíram a possibilidade de "rallis" durante os jogos. Eles acontecem, mas são numa quantidade muito pequena. São jogos com aces, muito bloqueio e, principalmente, pontos de bola cravada na quadra adversária. O desenvolvimento da preparação física na última década possibilita este aumento na altura da rede sem que caia a qualidade dos jogos.

É isso aí! Força Brasil!!! Três vagas para a Olimpíada em jogo!!!